quinta-feira, 28 de maio de 2009

O VALOR DA COR

Uma história muito interesante e curiosa, diz respeito ao povo da Guiné Bissal e dos portugueses quando se encontraram pala primeira vez. Essa história foi contado pelo professor da UFBA Ubiratan de Castro.
Conta que quando os protugueses chegaram no continente africano, por volta de 1467, mais precisamente na região da Guiné Bissau, ficaram imprescionados por ver uma quantidade negros tão grande povoando uma mesma regiao. Do mesmo modo, o povo da Guine ficou apavorado de medo com os portugueses porque, eles jamais teriam visto pessoas de cor branca, e o branco tem uma significado negativo para o povo da Guiné.
A cor branca para os negros da Guine representa ausência de sangue, pessoas que já morreram, fantasmas, e coincidentimente, os portugueses são naturalmente pessoas brancas, portanto, os negros morriam de medo.
Para os negros da Guiné, a cor preta é a que representa a presença de cor, representa simbolo da força e da virilidade, portanto, é normal que eles sentissem medo dos estrageiros.
O europeu portugues, representava povo com falta de cor, portanto, aquele povo seria verdadeiros fantasmas. Além do mais, para completar, os portugueses sempre chegavam em embarcações vindas pelo mar, da qual, deixava a impressão de serem verdadeiros fantasmas do mar.
O que chama atenção dessa pequena história é o fato da inversão do valor da cor das pessoas, enquanto que para o europeu a cor banca representa a pureza de uma especie humana, valor de superioridade e por isso mesmo tem mais valor social. Para o africano, pricipalmente da Guiné Bissal, a cor preta é a que realmente tem um grande valor.
No fundo, nem brancos nem pretos tem maior ou menor valor perante o outro. Na verdade somos frutos de uma única humanidade. Apesar de sermos diferentes, pois, as pessoas são diferentes, fazemos parte do mesmo grupo de humanos.