quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

REINOS AFRICANOS

REINO DE GANA
Entre o século III e IV da era cristã, nasceu a oeste do continente africano o reino de Gana. O principal Monarca foi o rei Nana Opuka Were II, que graças ao povo Árabe realizou um comercio esplendoroso, trocando ouro por tecido, sal, e outros produtos.
O apogeu do reino de Gana ocorreu entre os séculos VII e XI, quando se destacou a principal cidade de Kumbi Saleh, que era a capital de Gana, e também Andagoste principal centro comercial dos ganeses.
No século X, o povo Soniques, invadiu e dominou o império de Gana, durante cem anos o povo de Gana foi obrigado a pagar imposto sobre seus próprios produtos.
Ao final do século XI, o Islamismo através do povo Berbere (que foi convertido a religião muçulmana), invadiu e dominou o império de Gana.
No século XIII, inicia-se o processo de declínio do reino de Gana, quando mergulhou em guerras tribais violentas e foi totalmente incorporado ao reino de Mali.
REINO DE MALI:
O imperio se desenvolveu entre os seculos VIII e IX da era cristã. Estava localizado proximo a bacia do rio Niger, do qual, colaborou decisivamente para a hegemonia do reino. Sua região constitui basicamente o atual Senegal, Guiné, Gao, Tombucto e Djenne.
Destaque mesmo só para a cidade cultural de Tombucto, que enfervecia por causa da Bibloteca e da universidade Madrassa, sendo ponto de encontro de poetas, escritores e intelectuais.
Sua economia era voltado para o desenvolvimento do comércio, local onde era feito com povos muçulmanos que habitavam na região, seus produtos eram trocados por sal, tecidos, ouro, escravo e marfim.
Seu declinio inicia no século XIV, quando Gao ficou independente trazendo varios transtornos para o império. Por volta de 1550, o império foi derrotado e incorporado pelo reino do Songai.
OBS: O reino de Mali contribuiu significativamente para a formação do Brasil Colônia. Vários escravos dessa região, foram vendidos para traficantes de escravos e esses, em grande maioria, vieram parar na Bahia. Eles se destacavam por serem peqenos, e serem alfabetizados pela lingua Árabe. Chegando a Bahia receberam o nome de Malês, porem, esse povo promoveu diversas revoltas, entre elas a revolta dos Malês na região do reconcavo bahiano, em que alem de assassinar seus senhores, os brancos e negros que nao se convertessem a religião muçulmana, também sofriam as consequências.
REINO IORUBA:
A mitologia Ioruba, nos conta que Olorum (Deus supremo) mandou criar a cidade de Ifé. Olorum então, ordenou que Oduduwa (Deus de segunda ordem) fosse o responsável pela sua construção, por conseguinte ele foi o primeiro governante da cidade (o Ooni) que quer dizer chefe ou rei.
Sendo assim, Ifé teria sido uma cidade abençoada, rica em floresta tropicais, terras fertéis, chuvas abundantes e prosperidade.
Esse povo deu origem aos Estados do Benin e da Nigéria, alias, este último se transformou no país mais populoso da África.
Aa partir do seculo XV d.C. desenvolveu uma sociedade urbana, detentora de uma economia diversificada, com ofícios especializados em artezanato, principalmente, na fundição de cera quente, fundição de bronze, metal, marfim e trabalhos com madeira e cerâmica.
A contribuição cultural dos Iorubas para o Brasil foi bastante significativa. Os escravos que vieram para cá, destinaram-se em sua maioria para a Bahia. Os nagôs, como eram conhecidos deixaram como herança cultural o candomblé, o agogô, a atabaque, na culinaria, troxeram consigo o vatapá, o acarajé, o abará, nas plantas troxeram o dendê e na língua expressões como Axé.
REINO DO BENIN:
A Monarquia do Benin está relacionada com a origem da cidade de Ifé. O primeiro rei ou (Oba) se chamou de Omayan que foi descendente de Oduduwa. Eweka que era seu filho, teria sido o primeiro rei do Benin, porém, isso é muito contestável, o mais provável é que o reino ficou sob o domínio do povo de Oba. Oba Ewuare, dominou o Benin do século XV ao XVII. Período em que o reino conseguiu expandir seu comércio com a Europa. Pimenta, marfim, escravo, tecido, era comercializado de vento em polpa.
Os Obas protegiam os artesãos, que eram especialistas na arte de esculturas, em bronze, cobre, cuja a finalidade era ornamentar o palácio real.
O reino do Benin entrou em decadência no século XIX, com a invasão dos ingleses, período em qeu o imperialismo estava vigorando pelo mundo.
REINO DO CONGO:
O reino do Congo nasceu no século XV, e abrangia toda a região da África Centro-Ocidental. Sua população era formada por etnia Banto, especialmente os Bacongos.
A Monarquia do Congo era chefiado por um rei manicongo que teve os primeiros contatos com o povo portugues em 1493 através de Diogo Cao. Este, ficou imprescionado com o comércio local e seu dinamismo. Em 1485, retornou a região do congo com a intensão de fazer negócios com o rei. Nesta empreitada criou bom relacionamento e ficou muito amigo, criando laço de amizade. Levou para Portugal vários congoleses para que eles pudessem aprender os costumes, a cultura, os hábitos, e a religião.
O processo de aportuguesamento do Congo inicia-se a partir desse momento. Os congoleses se converteram ao catolicismo. Em 1498, o rei do Congo pediu aos portugueses que enviasse padres, artesãos, mestres de padaria, carpintaria, agricultores e pastores, professores para que pudessem lhe ensinar o mandamento da fé católica e da língua portuguesa.
Mandou construir uma igreja em madeira, que foi ornamentada com imagens vinda de Portugal. O rei foi batizado e assim recebeu o nome de Manuel.
Afonso I, foi o mais importante rei da história luso-congolesa, foi chefe político e espiritual. Governou o Congo por trinta e sete anos, sendo um dos maiores imperadores da região.
Durante seu governo, o comércio se espandiu e aumentou com mercadorias vinda principalmente da Europa. O comércio de escravo era tão grande que a ambição dos traficantes chegavam a capturar parte da nobreza do Congo para ser vendida como escravo.
Centralizou o poder político, expandiu as fronteiras e desenvolveu as cidades do império. procurou valorizar a educação formal, a leitura, e a escrita.
Contudo, boa parte dos congoleses não permitiu que o catolicismo eliminasse todas as tradições culturais e religiosas do seu povo. As resistências foram inumeras, tanto que, a religião dos congoleses permaneceu.
D. Afonso, enviou carta ao rei de Portugal, mostrando seu descontentamento. na segunda metade do seculo XVI, seu reinado lentamente entrou em colapso.
OBSERVAÇÃO:
A partir do seculo XVIII, dessa região do Congo, veio vários escravos para o Brasil. Esses escravos foram principalmente para a região do sudeste do país.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A POLITICA NA AFRICA

A África é um continente onde existe muitos conflitos de interesses políticos, religiosos e sociais. No caso da política as experiências ao longo do tempo foram muito razoáveis.
Na antiguidade, a África passou por vários sistemas políticos com Imperadores e Juízes e Faraós como é o caso do Egipto. Na idade media, a África passou pelo processo de feudalização e a autoridade dos Senhores Feudais.
A maioria dos países na África possui governos eleitos democraticamente, portanto governos republicanos cuja governantes são eleitos diretamente pelo voto popular. Em geral os governos republicanos da África são presidencialistas ou parlamentarista. Com sucessão de quatro em quatro anos ou cinco em cinco, com eleições periódicas.
Contudo, existe também outros países que convivem ainda hoje com regimes absolutistas, autoritários, como o caso da Somália e o Marrocos, cuja presença do rei como governante, é uma realidade.
Como percebemos, a África não é um estorvo da humanidade onde tudo de ruim está depositado, mas, é um continente com características particulares e que precisa ser respeitado.