segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O ESCRAVO NEGRO:


Nada mais errado que falar que o negro veio para o Brasil. Ele foi arrancado do se território da sua cultura e da sua família e trazido para o Brasil. Essa distinção é dolorosamente real e que só a partir dela é que se pode tentar estabelecer o caráter que o escravismo tomou aqui. Ser impostamente trazido significa fazer algo contra a própria vontade do negro.
Portanto, as atividades dos escravos no Brasil foram variando de acordo com a necessidade do seu senhor. Durante os dois primeiros séculos, XVI e XVII o negro trabalhou arduamente nas lavouras de cana de açúcar, depois no século seguinte, essa mão-de-obra foi deslocado para a mineração, na região da minas gerais e no século XIX, especificamente na região do sudeste brasileiro os escravos tiveram que lidar com a produção de café.
O negro foi trazido para exercer o papel de força de trabalho compulsório numa estrutura que estava se organizando em função da grande lavoura. Aqui não havia preocupação em prover o sustento dos produtores, mas em produzir para o mercado europeu. Considerava-se que a agricultura de subsistência um desperdício de tempo de investimento e mão de obra que deveria ser dirigida a grande lavoura. Dessa forma a racionalidade e a eficiência da grande lavoura só poderiam ser avaliadas na medida em que atingissem esses objetivos para as quais a mão de obra escrava era fundamental.
A organização da produção do trabalho partia de um comando unificado. A estrutura de poder na grande lavoura baseava-se na família que era dona das terras e dos escravos, cuja, direção gravitavam os feitores, agregados, e principalmente os escravos. Na grande lavoura, horários, tarefas, ritmo e turno de trabalho eram todos determinados pelos proprietários e sua equipe.
A complexidade de trabalho e mesmo a diversidade das atividades de um engenho variavam de acordo com o seu tamanho; quanto maior o engenho maior era o numero de escravos e quanto menor o engenho menor era o numero de escravo. Há noticias de que engenhos pequenos produziam um numero de produtos tipo: rapadura, cachaça, que eram comercializados dentro da região e não no além-mar.
Mas a importância desse artigo é mostrar as atividades que os negros escravos exerciam dentro dos engenhos no Brasil. Já por volta de 1820 quando a lavoura de cana de açúcar começou o seu declínio nascia na região de São Paulo, o café. Então a força de trabalho escrava foi se deslocando para essa atividade.

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